segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Barraqueiros querem acesso a eventos durante a reforma do Mineirão
O Mineirão encontra-se fechado pra reformas para o Mundial de 2014 e durante dois anos não poderá receber jogos. Enquanto isso, os comerciantes que vendem produtos nos arredores do estádio estão em situação indefinida. Cerca de 150 feirantes e barraqueiros ainda não sabem como vão manter sua renda durante esse período e após as obras.


Nesta quarta-feira (14), a Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fará uma audiência pública para discutir a situação dos feirantes e donos de barracas que trabalham ao redor do Mineirão. No último dia 23, os comerciantes também tiveram uma audiência na Comissão de Administração Pública da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

“Desde o dia seis de junho, 140 barraqueiros e ambulantes que trabalham com alimentação já sentem os efeitos do encerramento do contrato com a Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg), com prejuízos não só emocionais, como também financeiros. Queremos discutir alternativas para que essas pessoas possam continuar a trabalhar até a reforma acabar”, ressalta o deputado estadual Wellington Prado, autor do requerimento para a audiência na ALMG.

Segundo o parlamentar, a situação também é incerta para os feirantes da tradicional feira de automóveis, que atrai um público de 10 mil pessoas todo domingo e funciona desde 1982, e da feira de artesanato do Mineirinho, que existe desde 2003. "Estamos preocupados com os feirantes e barraqueiros que trabalham há anos no entorno do Mineirão e estão impossibilitados de continuar suas atividades ficando sem essa importante fonte de renda”, conclui.

O presidente da Associação dos Barraqueiros da Área Externa do Mineirão (ABAEM), Ernani Francisco Pereira, não sabe qual vai ser o destino de suas atividades. Para ele, seria necessário abrir postos de trabalho em outros espaços da cidade durante eventos diversos para diminuir os impactos aos ambulantes. De acordo com Pereira, esses espaços são hoje ocupados por empresas concessionárias selecionadas pela Prefeitura e isso os deixa sem condições mínimas de sobrevivência.

Na reunião da Câmara Municipal, o vereador Pablito sugeriu a criação de uma comissão para a busca de uma solução para o problema dos vendedores informais. “Precisamos de uma solução conjunta e harmoniosa, que atenda às necessidades de todos”, afirmou.

Uma proposta apresentada por Pereira foi a formalização dos ambulantes, que passariam a condição de microempresários. Atualmente, eles trabalham na informalidade, apenas com um cadastro de controle junto à Administração de Estádios de Minas Gerais (ADEMG).




Fonte: Site Terra.